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Ale Nagado

Asatir: Contos do futuro e o mundo árabe

Produção nipo-árabe tem trailer e estreia anunciada para sua segunda temporada.

Maha e sua família: Lições de vida através de antigos contos árabes.

Em uma região marítima chamada Oxagon, na cidade futurista de Neom, na Arábia Saudita, vive Maha, uma pré-adolescente alegre e simpática. Ela mora com dois irmãos e a avó, que conta a eles sobre antigas fábulas árabes, a fim de educá-los sobre os desafios da vida. Essa é a premissa do animê infantil Asatir 2: Mirai no Mukashi Banashi, ou Asatir: Contos do Futuro (Nota: leia como "Assatir"), uma produção nipo-árabe que deve estrear no Japão no outono local, provavelmente em outubro próximo. É a segunda temporada de um projeto diferente e que abre um universo de possibilidades para o mercado do animê. O termo "asatir" ou "astir", de origem árabe, se refere a contos ou crônicas de origem bíblica, com lições de moral e ambientadas entre a criação do mundo e o tempo de Moisés. É algo que faz parte da tradição oral de povos árabes, em especial os seguidores do samaritanismo, religião ligada ao judaísmo antigo e que se baseia no Torá Samaritano.


Tendo estreado originalmente em 2020 com 13 episódios, a primeira temporada de Asatir já foi exibida em 40 países, sendo fruto de uma parceria entre a Toei Animation e a Manga Productions, uma subsidiária da MiSK FOUNDATION, entidade fundada em 2011 pelo príncipe saudita Mohammad bin Salman. Em abril de 2022, essa fundação árabe adquiriu 96% da empresa japonesa SNK, criadora dos games Art of Fighting, Samurai Shodown, Fatal Fury e Vanguard, entre outros. A MiSK também estreou, em julho passado, a série Grendizer U, em parceria com o estúdio japonês GAINA para trazer de volta uma antiga criação de Go Nagai.


Teaser trailer de Asatir 2:


Com Asatir 2 e Grendizer U, o financiamento árabe vai marcando uma presença significativa no campo do animê, o que pode ter grande impacto cultural no futuro, ainda mais em meio ao cenário de polarização política na mídia, na cultura pop e na sociedade. A MiSK tem um apelo mais familiar, mas também não segue o politicamente correto e a agenda woke, predominantes na cultura ocidental. E, com Asatir, mostra seu lado de promoção de valores religiosos específicos.

 

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