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Ale Nagado

Boletim Sushi POP 77

Nesta edição: Reflexões sobre os projetos brasileiros com Jaspion, os lançamentos de Pluto e Flying Witch, e mais!

Jaspion: Disparado, o mais amado super-herói japonês no Brasil.

1) EDITORIAL: "COME ON BOY..."


Nos últimos dias, o fandom brasileiro de tokusatsu ficou em polvorosa pelos "anúncios" de empresário brasileiro no Instagram dizendo que detém os direitos para fazer um ou dois filmes nacionais do Jaspion, mais uma série de TV. E se der certo, fará o mesmo com o Jiraiya ou outros personagens que licencia junto à Toei Company. Caso não tenha visto a declaração, confira o vídeo aqui.


Porém entre ele ter autorização como licenciante oficial no país (que é mesmo) e conseguir efetivamente produzir as tais obras, a distância é um abismo. O filme brasileiro do Jaspion foi anunciado pela empresa há alguns anos atrás, chegou a ter diretor e roteirista anunciados, mas nada de concreto foi mostrado. Primeiro, por causa da pandemia; depois, pelas instabilidades econômicas, pela crise, pelas dificuldades em conseguir financiamento e por aí vai. E eis que o assunto volta a ocupar conversas de fãs. E sempre tem um desavisado do tipo "Caraca, sério que vai ter filme brasileiro do Jaspion? Que demais!!!" Quando vai estrear?.


Há chances desses projetos acontecerem? Sendo honesto, não creio que seja possível. E principalmente, não da forma como estão pensando. Tem quem acredite que precisaria ir atrás de Lei Rouanet ou convocar os fãs a realizar um financiamento coletivo de milhões de reais, assim esse projeto sairia do papel. Ou jogar para a Netflix ou a Amazon bancar a produção. A chance dessas empresas multinacionais investirem em um fandom tão específico e regional quanto é o fandom brasileiro de Jaspion, é nula. E francamente, acho bem errado esse negócio de pedir para o Estado brasileiro bancar projetos comerciais, ainda mais um que vai pagar royalties para uma grande empresa japonesa, no caso a Toei Company.


Projeto comercial desse porte, com licenciamento internacional, mas que não consegue financiamento para algo com (teoricamente) potencial de lucro e milhões de fãs apoiando, é porque não foi bem dimensionado. Mas essa especulação toda movimenta o fandom, mantém a marca e a empresa em evidência, cria burburinho, e também dá assunto para muitos picaretas ficarem ganhando audiência com fantasias do tipo "Olha aí, o Jaspion pode voltar em filme e série!!", "Já pensou que legal um Jaspion brasileiro?", "Estão deixando a gente sonhar!!! 😍😍😍". Da forma como tem sido tratado, o assunto é pura estratégia de marketing a partir da especulação e da expectativa dos fãs.


Eu até apostaria na viabilidade comercial de um filme ou série de animação em CGI, mas isso nunca foi cogitado pela empresa que detém os direitos no Brasil, a Sato Company. E como tem gente emocionada com a "possibilidade" de surgir uma "Toei brasileira" e a chance de ir ao cinema ver uma "superprodução" do cinema brasileiro nível Hollywood sobre um super-herói japonês dos anos 80. Em que universo mental vive quem acredita nisso?


A maioria das pessoas é guiada pela emoção e é facilmente manipulável, não conseguindo raciocinar com base na percepção de diversos aspectos da realidade. E isso não é (apenas) uma opinião impopular, é a pura observação do que acontece. (Informe-se sobre o QI médio do brasileiro.)


Nostalgia é legal, mas é muito ruim passar a vida cultuando hobby como se fosse religião, apagando todo e qualquer senso crítico, senso de proporções e senso de realidade. Ou passar a vida perseguindo as sensações que tinha quando era criança, dando atenção e crédito a quem te vê apenas como massa de manobra para ascensão social ou financeira. Triste.


[Nota: Este é o primeiro Editorial, e poderá aparecer eventualmente no Boletim, quando houver alguma notícia ou acontecimento a ser comentado. Ao contrário das notas, que são bem objetivas, o Editorial é a opinião pessoal do proprietário do Blog, que pode ser diferente da opinião dos parceiros, amigos e colaboradores.]


2) Mangá Flying Witch no Brasil:

Extraído do Press release:

A Editora JBC acaba de lançar o mangá Flying Witch, de Chihiro Ishizuka. Com um estilo próprio de mangá de cotidiano (ou "slice-of-life"), Flying Witch traz aquele respiro para a correria do dia-a-dia. A edição tem formato padrão e já está disponível em livrarias e comic shops do Brasil. Flying Witch é um mangá publicado desde 2012 pela revista Bessatsu Shonen Magazine, da editora Kodansha. Ainda está em publicação no Japão e já conta com 11 volumes compilando a obra. Com uma história leve e divertida, o mangá é um subgênero de slice-of-life, denominado “iyashikei”, que pode ser traduzido como “cura” e que tem a característica de trazer um efeito de cura pela leitura, retratando personagens que vivem em ambientes calmos e cujas histórias não necessariamente têm foco no enredo ou nos personagens, e sim, em criar uma ambientação visual para ser admirada e desfrutada. A obra ganhou uma versão para anime, e está disponível na Crunchyroll.
Os primeiros dois volumes.

A história: Escrito e desenhado por Chihiro Ishizuka, Flying Witch nos apresenta a jovem bruxa Makoto Kowata. Ao completar 15 anos, ela deve deixar a cidade grande e ir morar com parentes no interior para desenvolver seus poderes e assim completar o seu treinamento. Acompanhada de seu gatinho Chito, Makoto terá que se adaptar à vida interiorana, à sua nova escola, aos seus novos amigos e descobrir que existe magia até mesmo nas pequenas coisas. The Flying Witch traz uma história reconfortante, indicada para toda a família.

Flying Witch
Autoria: Chihiro Ishizuka Formato: 13,2 x 20,0 cm Preço de capa: R$ 37,90 Editora JBC

3) Nova série: PLUTO, pela Netflix!

Pluto, inspirado no Astro Boy.

No próximo dia 26 de outubro, estreia na Netflix a versão animê de PLUTO, originalmente um mangá de Naoki Urasawa lançado em 2003 na revista Big Comic Original, da editora Shogakukan. A série é inspirada no clássico Astro Boy, de Osamu Tezuka, especificamente o arco "O Robô Mais Forte do Mundo", sendo uma produção licenciada junto à Tezuka Productions.


Pluto tem direção de Toshio Kawaguchi, character design e direção de animação por Shigeru Fujita, trilha sonora de Yugo Kanno e animação do Studio M2. A produção é da GENCO, com a participação de Naoki Urasawa como consultor criativo. As expectativas estão boas.


::: TOME NOTA :::

>>> O clássico Hokuto no Ken ~ Fist Of The North Star, de Buronson e Tetsuo Hara, completou 40 anos de estreia neste ano e a Toei Animation anunciou uma nova produção. Ainda não foi divulgado se lançarão um novo longa-metragem ou uma nova série, e nem se será uma continuação ou reboot, mas logo devem ser divulgadas maiores informações.


>>> A nova temporada de SPY x FAMILY começa no próximo dia 7 de outubro, com transmissão para o Brasil pela Crunchyroll. Ainda não há informação sobre a estreia no Brasil do longa-metragem, que será lançado no Japão em dezembro.


>>> O Canal Túnel do Tempo TV vai apresentar, no começo de outubro, uma live sobre Lion Man, abordando as duas séries exibidas no Brasil. Em breve, será divulgada a data. Inscreva-se no canal e confira o conteúdo disponível.


>>> Playlist Sushi POP: Toda segunda-feira, às 20h30, rola uma playlist selecionada de músicas japonesas, com muito J-Rock, J-Pop e Anime Songs na Shock Wave Radio. Confira: www.shockwaveradio.com.br

 
 

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